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Incerteza política e desaceleração econômica fazem dólar subir 1,4%, a R$ 3,539

Na máxima do pregão, moeda americana chegou a R$ 3,571; Bolsa cai 0,48%

SÃO PAULO – Pressionado pelo conturbado quadro político e pela retração econômica do país, o dólar comercial tem seu sexto dia consecutivo de alta e era negociados, às 14h33, a R$ 3,537 na compra e a R$ 3,539 na venda, uma alta de 1,40% frente ao real. A divisa abriu os negócios a R$ 3,50 e na máxima do pregão já chegou a R$ 3,571, maior valor de negociação desde os R$ 3,6004 de 5 de março de 2004. Já o principal índice negociado na Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa voltou para o terreno negativo e recua 0,48%, aos 50.045 pontos.

Na avaliação de Alexandre Wolwacz, diretor da Escola de Investimentos Leandro&Stormer, a principal razão para essa alta do dólar é a instabilidade política, que dificulta o ajuste fiscal, uma vez que o governo não tem consigo aprovar no Congresso Nacional projetos que visam o aumento da arrecadação – pelo contrário, o que tem ocorrido é o aumento das despesas. A pressão sobre o dólar está maior desde que o governo anunciou, em 22 de julho, que a meta de superávit primário para este ano é de 0,15% do PIB, e não mais os 1,1% fixados no início do ano.

— A moeda está em tendência de alta para o curto e longo prazo. A principal preocupação para o investidor, principalmente o estrangeiro, é o ajuste fiscal. E quando o ajuste fiscal perde força, o investidor começa a ver que é maior a probabilidade de perder o grau de investimento — disse.

 

 

Fonte: O Globo

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