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Governo busca atrair investimentos para novas refinarias no país

O governo brasileiro vê necessidade de construção de refinarias e já prospecta investidores no exterior.

“Com o aumento da exploração e da produção de óleo, o Brasil precisa vai precisar de refinarias. Nossa ideia é estimular a iniciativa nacional e estrangeira a analisar projetos no setor no país”, diz o ministro Fernando Coelho Filho (Minas e Energia).

“Hoje, o Brasil já tem um déficit no refino de aproximadamente 600 mil barris por dia. Esse número tende a crescer e o desafio do governo brasileiro agora é atrair investimentos para o setor.”

 

Em janeiro, foi criado um grupo de trabalho no CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) para identificar os gargalos na área, e que deve apresentar em março propostas para dar subsídio ao governo para captar esses investimentos.

A Petrobras havia anunciado, na gestão do presidente Sergio Gabrielli, que faria sete refinarias e não fez nenhuma, diz Coelho.

“Só fez um pedaço da de Pernambuco. Hoje, exportamos um milhão de barris de óleo cru por dia e importamos 600 mil barris de produtos refinados por dia. Com a produção e a economia em expansão, o país vai precisar de mais combustíveis.”

A alocação de recursos em refino no Brasil se dará sem a Petrobras, que não fará investimentos no setor.

“É um desafio atrair investidores porque há uma sobre oferta de refinarias no mundo. Quem já refina, quer otimizar sua capacidade já instalada, não quer construir novas refinarias, mas todo país quer ter sua refinaria porque é uma segurança ter o produto transformado.”

Uma refinaria representa um investimento de US$ 8 bilhões a US$ 10 bilhões. Empresas chinesas teriam interesse no setor e o governo prospecta outras empresas.

“Os estudos no CNPE mandam um recado de que o governo brasileiro quer priorizar esse tipo de investimento.”

 

Produção da indústria plástica volta a subir em 2017

A produção de plástico no Brasil cresceu 2,5% em 2017, segundo a Abiplast (da indústria do setor). Foi o primeiro resultado positivo registrado desde 2013.

“É o início da reação. Isso é bom porque o plástico é o termômetro da economia, está em toda a cadeia produtiva”, diz José Ricardo Roriz Coelho, presidente da entidade.

A alta foi maior que a previsão do segmento de 2%.

A associação, no entanto, prevê que os níveis de produção cheguem aos patamares anteriores à crise somente a partir de 2022.

“A queda nos juros e o bom momento do setor automotivo foram fundamentais para que conseguíssemos crescer. Ainda assim, o custo do crédito para as empresas continua elevado.”

A projeção é que sejam geradas aproximadamente 6.200 vagas neste ano.

A estimativa de crescimento para a produção é de ao menos 3% em 2018, segundo a associação.

“Projetamos melhora da construção civil, o que deverá impulsionar a produção, uma vez que há demanda por plásticos na área. Estimamos um resultado no mínimo similar à alta do PIB neste ano”, afirma Coelho.

O saldo de empregos na indústria plástica também subiu em 2017, após três anos no vermelho. Foram abertos 4.696 postos de trabalho.

 

 

Fonte: Folha de SP

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