Start-ups financeiras buscam nicho em empréstimo e cobrança de dívidas
Depois de trilharem o caminho do empréstimo pessoal e do consignado –com desconto em folha de pagamento– e conquistarem espaço no crédito com garantia de veículos e imóveis, as fintechs, start-ups de tecnologia do setor financeiro, começam a explorar novos terrenos.
A via escolhida agora varia entre um financiamento de produtos em lojas de e-commerce, como no caso da Koin, empréstimo para bons pagadores, como na Ali Crédito, e crédito para micro e pequenas empresas em um cenário em que os grandes bancos fecharam a torneira para companhias desse porte.
Ainda no universo do crédito, mas passando para a recuperação de dívidas não pagas, a plataforma Acordo Certo aproveita a antipatia da maioria dos devedores com as tradicionais e insistentes formas de cobranças para oferecer uma alternativa mais amigável de conciliar o pagamento do débito.
Todas elas têm como objetivo buscar nichos de mercado dentro do cenário de crédito e se diferenciar de fintechs hoje consolidadas, como Just, Geru, Lendico e Creditas, que oferecem produtos parecidos com os dos bancos tradicionais, mas com juros mais atrativos por causa da avaliação de risco menos massificada.
“Essas empresas crescem pela grande ineficiência do sistema financeiro de conseguir atender à demanda por crédito. Elas ocupam um espaço deixado pelos grandes bancos”, diz Eduardo Diniz, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas).
No caso da Ali, além do crédito para compras em lojas on-line, a empresa oferece uma modalidade de empréstimo pessoal para quem estiver inscrito no cadastro positivo, um grande banco de dados que reúne o histórico de pagamento dos consumidores e que serviria para diferenciar o bom pagador de quem tem passado de inadimplência.
Fonte: Folha e SP