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Sem BC atuando no mercado, dólar fica abaixo de R$ 3,30

Dados positivos do emprego nos EUA animam pregões e Ibovespa sobe

RIO e SÃO PAULO – Sem a intervenção do Banco Central no mercado de câmbio, o dólar comercial tem forte queda nesta sexta-feira e vai na contramão do exterior. A moeda americana apresenta desvalorização de 2,19% e é negociada a R$ 3,29. Na máxima do dia, o dólar subiu a R$ 3,34 e na mínima caiu a R$ 3,28. Por cinco dias consecutivos, o BC interveio no mercado de câmbio fazendo leilões de contratos de swap cambial reverso, o que significa compra de dólares no mercado futuro. Com isso, conseguiu elevar a cotação da divisa de R$ 3,20 para um patamar mais próximo de R$ 3,30 até ontem.

“O movimento de hoje é reflexo da ausência de leilão do Banco Central. Desde sexta, o banco vinha colocando 10 mil contratos por dia, o equivalente a US$ 500 milhões, e hoje recuou”, diz em relatório o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva. No mercado interno, também ajuda na movimentação de baixa o déficit fiscal para 2017 menor que a previsão do mercado, diz Gomes.

Para operadores, as atuações seguidas do BC mostraram que a autoridade monetária quer um dólar acima de R$ 3,30 para evitar prejuízo às exportações do país. Mas, segundo Gomes, sem a presença do BC, o mercado hoje vai testar qual é esse patamar. No exterior, o dollar spot vai na contramão do mercado brasileiro e se valoriza 0,15% frente a uma cesta de dez moedas. Dados positivos do mercado de trabalho americano (o chamado pay-roll) impulsionam a moeda, já que vieram acima do esperado.

A economia dos Estados Unidos criou 287 mil vagas de trabalho em junho e a taxa de desemprego do país subiu para 4,9%, depois de ficar em 4,7% em maio. O número de criação de vagas veio acima das projeções dos analistas, que esperavam 175 mil novos postos de trabalho, enquanto a taxa de desemprego prevista era de 4,8%.

 

 

Fonte: O Globo

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