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RNI estima elevar lançamentos e receita e voltar a ter lucro em 2019

Chiara Quintão

A RNI Negócios Imobiliários estima elevar lançamentos, neste ano, aumentar a receita em função de mais obras em curso, elevar a margem bruta, gradualmente, e retomar a lucratividade. No planejamento da incorporadora, projetos enquadrados no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida vão responder por entre 70% e 80% do total lançado, e a fatia restante será de projetos econômicos financiados com recursos da poupança.

A companhia avaliava que seria possível voltar a ter lucro em 2018, mas a receita caiu com menos vendas e volume menor de obras. A RNI encerrou o ano com prejuízo líquido de R$ 26 milhões, 72% abaixo do registrado no ano anterior. A receita líquida teve queda de 37%, para R$ 182,6 milhões. A margem bruta aumentou de 3,9% para 22,2%.

A incorporadora fez lançamentos totais de R$ 323 milhões, abaixo do patamar inicialmente previsto. “Seguramos lançamentos por conta de mercado e da eleição”, conta Alexandre Mangabeira, copresidente da RNI. Sem informar a meta do Valor Geral de Vendas (VGV) a ser lançado neste ano, o outro copresidente da empresa, Carlos Bianconi, diz que a companhia tem estrutura operacional e capacidade instalada para lançamentos anuais de R$ 700 milhões a R$ 1,2 bilhão.

Em meados de 2017, a RNI divulgou que estava retornando às origens, ao voltar a ser dirigida a partir de São José do Rio Preto (SP) – cidade em que o grupo Rodobens foi fundado – e que incorporaria parte dos projetos para a baixa renda, seu primeiro segmento de atuação. A companhia vinha atuando com foco nas rendas média e média-alta. No ano passado, 55% do VGV lançado foi enquadrado no programa habitacional.

“Vamos seguir, de forma firme, no Minha Casa, Minha Vida”, afirma Mangabeira. Neste ano, a RNI deve comprar terrenos para lançamentos potenciais de R$ 2 bilhões a R$ 2,5 bilhões, destinados, prioritariamente, ao programa. No fim de 2018, a incorporadora tinha banco de terrenos potencial de R$ 3,9 bilhões. Cerca de R$ 1,8 bilhão se enquadra no Minha Casa. A companhia está avaliando o que é possível converter das demais áreas para o programa e quais serão destinadas à venda.

A RNI consumiu caixa de R$ 2 milhões em 2018. Para este ano, a expectativa da companhia é de caixa neutro. “Nossa preocupação não será gerar caixa, mas desenvolver negócios”, diz Bianconi.

No quarto trimestre, a RNI reduziu seu prejuízo líquido em 59%, para R$ 7,75 milhões. A receita líquida caiu 53%, para R$ 34,1 milhões. A margem bruta aumentou de 8,7%, no quarto trimestre de 2017, para 20,4%. Já a margem bruta ajustada passou de 18% para 25,6%.

A RNI diminuiu suas despesas gerais e administrativas em 35%, para R$ 10,5 milhões. A melhora do indicador resultou de ganhos da readequação administrativa feita pela companhia, por economias com revisões de contratos com terceiros e decorrentes da redução do estoque pronto.

A rubrica outras receitas operacionais, de R$ 887 mil, foi revertida para outras despesas operacionais, de R$ 4,825 milhões. Essa linha foi impactada por baixas contábeis em projetos vendidos. A equivalência patrimonial, que era negativa em R$ 137 mil, ficou positiva em R$ 8,62 milhões. O resultado financeiro da companhia cresceu 232%, para R$ 2,994 milhões.

Fonte: Valor Econômico

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