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Recessão completa 18 meses, e Brasil não vê fundo do poço

A recessão brasileira está prestes a se tornar oficialmente a mais longa desde o Plano Real, lançado em 1994, mas ainda não há sinais de que o fundo do poço econômico tenha sido atingido.

Na terça-feira (1º), será divulgado o PIB (Produto Interno Bruto, medida da produção e da renda do país) do terceiro trimestre do ano, que, de acordo com todos os sinais disponíveis, mostrará queda em relação ao trimestre anterior.

Trata-se, salvo uma grande surpresa, da terceira queda trimestral consecutiva, o que não acontecia desde 1990, quando o governo Collor confiscou dinheiro depositado nos bancos na tentativa de conter uma inflação de quatro dígitos.

Uma recessão, porém, não é definida simplesmente pelo encolhimento do PIB: trata-se de um período em que o pessimismo de empresários e consumidores –em geral desencadeado por algum revés econômico, como uma alta dos juros ou a piora do comércio global– leva a um recuo de compras, investimentos e contratações.

Pela avaliação da FGV (Fundação Getulio Vargas), a atual recessão começou no segundo trimestre de 2014 e, portanto, já completou um ano e meio de duração.

Embora o ano passado tenha fechado com estagnação do PIB, e não queda, já estavam em curso a retração dos investimentos e a freada do consumo das famílias.

Este é o ciclo recessivo mais longo desde os 11 trimestres, quase três anos, entre meados de 1989 e o início de 1992. Depois da adoção do real e do relativo controle da inflação, as recessões se tornaram mais curtas.

A de agora, no entanto, tende a ser uma exceção. Entre julho e setembro, não caiu apenas a produção presente da indústria e dos serviços; também pioraram os indicadores que sinalizam o desempenho futuro da economia.

 

 

Fonte: Folha SP

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