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Prévia da inflação oficial sobe 0,15% em março, menor alta no mês desde 2009

Em fevereiro, inflação medida pelo IPCA-15 ficou em 0,54%

SÃO PAULO – A chamada prévia da inflação oficial — o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) — voltou a desacelerar em março diante do alívio nos preços de educação e deflação em alimentos, com alta de 0,15%. É a menor taxa para o mês de março desde 2009 (quando tinha sido de 0,11%) e, considerando todos os meses, o menor índice desde agosto de 2014 (em que chegou a 0,14%). O resultado pavimenta ainda mais o espaço para o Banco Central fazer cortes maiores nos juros.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve alta de 0,15% em março, depois de avançar 0,54% em fevereiro, menor variação mensal desde agosto de 2014, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

Nos 12 meses até março, a alta do IPCA-15 chegou a 4,73%, desacelerando sobre os 5,02% do mês anterior e ainda mais próximo do centro da meta oficial de 4,5% pelo IPCA, com tolerância de 1,5 ponto percentual. Os resultados vieram em linha com as expectativas em pesquisa da Reuters.

Depois de pressionar o índice em fevereiro, o grupo que mais influenciou o resultado deste mês, segundo o IBGE, foi Educação, devolvendo parte dos avanços sazonais de início de ano. Os preços subiram 0,87% em março, após 5,17% no mês anterior.

 

Os preços dos alimentos, que têm importante peso no bolso do consumidor, recuaram 0,08 por cento, favorecidos pelas quedas em feijão-carioca (-10,36%), feijão-preto (-8,27%), frango inteiro (-2,39) e carnes (-1,31%).

Também Transportes ajudou no alívio da inflação neste mês, com queda de 0,16% contra avanço de 0,66% em fevereiro, devido principalmente ao recuo de 1,34% nos preços de combustíveis.

A inflação de serviços, que vem sendo observada de perto pelo BC para a condução da política monetária, desacelerou com força a 0,25% neste mês, sobre 1,01% em fevereiro, também como resultado dos preços de educação, segundo o estrategista-chefe do banco Mizuho, Luciano Rostagno.

 

 

 

Fonte: O Globo

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