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Pacotes oferecem até um escritório completo

Com a migração da força de trabalho para dentro de casa, fornecedores de soluções que ajudam as empresas a gerenciar equipes viram as entregas aumentarem 30%, em média, entre abril e agosto. Há pacotes que oferecem desde um escritório completo, com móveis, internet e ferramentas de colaboração; até controle de ponto via celular ou um sistema que avalia mais de 50 informações sobre o funcionário remoto, como motivação e estilo de liderança.

A Embratel lançou a solução Office@Home em julho. Inclui recursos de conectividade, hardware, mobiliário e aplicativos de colaboração on-line, além de softwares de automação de escritório e de acesso aos sistemas das corporações. “Desenvolvemos projetos para cada cliente”, diz o diretor de marketing Alexandre Gomes. Uma opção simples do pacote, com banda larga móvel de 100 GB e o Office 365, custa a partir de R$ 175.

Gomes diz que uma das vantagens da oferta é reunir todos os recursos necessários para o home office, com uma só entrega. A Embratel não divulga o volume de vendas, mas observa tendência de aumento na demanda. Depois que se veem “operacionais” no trabalho remoto, as companhias ampliam suas necessidades, com mais itens para ganho de produtividade, de integração com ambientes corporativos e de controle de jornada, diz.

É nessa linha que Leonardo Barros, CEO da mineira Tangerino, pretende aumentar as vendas da solução de controle de ponto digital que leva o nome da empresa. Entre abril e agosto, os negócios aumentaram, em média, 30%. Com cinco mil clientes na carteira, a meta, até o fim de 2021, é alcançar 15 mil companhias e mais de 700 mil colaboradores que usam a ferramenta para registrar o ponto pelo celular ou no computador de casa.

Além dos horários de expediente, também inclui recursos para a gestão de atividades diárias, de banco de horas e horas extras. Durante a pandemia, Barros identificou um avanço de quase 15% no volume de horas extras realizadas pelos colaboradores, ante o período pré-covid.

A startup tem clientes com três até mais de 15 mil colaboradores. O valor do contrato depende do número de funcionários – quanto maior o quadro, menor o custo por empregado. Uma companhia de cem colaboradores paga, em média, R$ 390 mensais.

Na Fieldlink, o carro-chefe é um sistema para o gerenciamento de atividades remotas. No pré-pandemia, os clientes compravam a plataforma para gerir equipes comerciais em campo. Com a virada dos times para o home office, passou a ser usada na produção de relatórios, acompanhamento de metas e avaliação de atendimentos.

A ideia é aumentar a eficiência do trabalho a distância, diz o CEO da Fieldlink, Diego Cueva: “Damos para o gestor a visão sobre o que acontece com os times e apoiamos o colaborador com subsídios da empresa para a execução das tarefas”. O recurso pode ser customizado para equipes com mais de 150 usuários. Custa a partir de R$ 79,90 por funcionário, ao mês.

Mônica Hauck, CEO e co-fundadora da Sólides, da área de RH, diz que as organizações também estão preocupadas com o engajamento dos colaboradores longe dos escritórios. A empresa oferece o Profiler, um software que promete traçar, em cinco minutos, um mapeamento comportamental com mais de 50 informações sobre o funcionário. Avalia competências, fatores motivacionais e estilo de liderança. “A ferramenta ajuda [as chefias] a entender as equipes e colocar a pessoa certa na atividade certa”, afirma.

Fonte: Valor Econômico

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