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Mercado encolhe, mas Caixa cresce e vira segundo maior banco do país

Os ativos totais do sistema financeiro nacional encolheram cerca de 3% em termos reais, descontada a inflação, no primeiro trimestre de 2016 em relação ao mesmo período de 2015.

A exceção entre os grandes bancos foi a Caixa, que ampliou seus ativos em 5% acima da inflação no período, para R$ 1,24 trilhão.

O desempenho fez com que a instituição ultrapassasse o Itaú-Unibanco (R$ 1,20 trilhão) e assumisse a posição de segundo maior banco do país, atrás apenas do Banco do Brasil, com R$ 1,44 trilhão.

Os cálculos têm como base o levantamento do Banco Central que reúne dados de cerca de 1.500 instituições financeiras, como bancos, cooperativas de crédito, corretoras, distribuidoras de valores e empresas de leasing.

O Bradesco, com R$ 924 bilhões em ativos, também subiu uma posição no ranking do BC e ultrapassou o BNDES, com R$ 922 bilhões.

Um dos motivos para a queda nos ativos em termos reais foi o encolhimento de 6% no estoque de crédito do sistema financeiro, também considerando a inflação do período. A carteira de empréstimos representa 40% dos ativos.

Já as provisões contra calotes, que impactam negativamente o ativo dos bancos, cresceu 13%, por causa do aumento da inadimplência.

LUCRO MENOR

O lucro do sistema financeiro caiu 21% no primeiro trimestre do ano passado, segundo o levantamento do BC, para R$ 18,6 bilhões.

Os números não consideram a inflação superior a 9% no período. Se os valores de 2015 fossem corrigidos, a retração seria ainda maior, de quase 30%.

No setor público, a queda foi de 45%, com os resultados do BB e da Caixa caindo mais de 50%. Nas instituições privadas, de 6,5%.

Com isso, a participação dos bancos estatais nos ganhos do sistema financeiro caiu de 38% para 27% no período.

Assim como ocorreu no primeiro trimestre de 2015, praticamente uma a cada quatro instituições registrou prejuízo nos três primeiros meses de 2016. O percentual daquelas que tiveram perdas passou de 23% para 24,5% do total.

O levantamento mostra ainda que o número de instituições financeiras no país caiu de 1.533 para 1.501 nesses 12 meses.

 

 

Donte: Folha de SP

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