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É proibido gastar

O descalabro das contas públicas, tanto do governo federal como de estados e municípios, exige a determinação de políticos com vocação para estadistas

O Brasil aguarda, com a expectativa otimista de muitos e a torcida contrária de uma pequena minoria, que o governo Temer comece a funcionar. A PEC do teto para as despesas dos próximos exercícios está bem encaminhada, mas sua aprovação será só o primeiro passo – um pequeno passo – na direção da reconstrução do país. A situação de terra arrasada deixada pelo governo anterior vai exigir, mais que medidas, determinação e austeridade para implantá-las. Como se estivéssemos numa economia de guerra, os agentes públicos, em todas as esferas de governo e de poder, deveriam adotar o lema “é proibido gastar” para que os sacrifícios exigidos agora recaiam sobre todos, sem exceção, e para que sobre algum recurso para o poder público investir para sanar as tantas carências do país, dos estados e dos municípios.

Há inúmeros exemplos na história mundial e brasileira para nos inspirar. Na Inglaterra bombardeada na Segunda Guerra Mundial, a realeza britânica se submeteu, abdicando de seus privilégios, ao mesmo racionamento de seus súditos. E aqui no Brasil, no Paraná, quando uma geada negra atingiu as lavouras de café, no inverno de 1975, com efeitos devastadores sobre a economia do estado e o deslocamento de milhares de pessoas do campo para as áreas urbanas e outras regiões, a vontade política, a firmeza e a dedicação do governador da época, Jayme Canet Júnior, conseguiram, com o sacrifício de todos, colocar o estado novamente na direção do progresso.

O Estado não precisa ser grande. Precisa ser forte para coibir os abusos que dilapidam o patrimônio público

 

Fonte: Gazeta do Povo

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