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Divisão de tarefas e papéis claros protegem amizade entre sócios

Respeitar os limites e dividir as responsabilidades com clareza são fundamentais para quem tem um amigo como sócio de negócio.

Rafael Cichini, 32, da Just Digital, que desenvolve conteúdo e presta consultoria na área de tecnologia, perdeu a amizade de um de seus parceiros na primeira empresa que fundou, em 2000.

“O clima ficou insuportável ao ponto de termos que ficar em salas separadas antes de dissolvermos a sociedade”, conta ele.

Quando Cichini convidou um amigo de colégio e outro do clube que frequentava para empreenderem juntos no ramo de criação de websites, a ideia parecia perfeita.

Mas, aos poucos, o desgaste com as dificuldades da empresa, que demorou a engrenar, complicaram a relação

Na visão dele, o maior problema é na hora de cobrar resultados.

“Como há uma relação fora da empresa, as pessoas tendem a sentir que a cobrança é pessoal”, diz.

O fracasso não impediu Cichini de tentar uma nova empreitada com amigos.

Dessa vez, porém, a relação de amizade é mais recente e menos intensa, o que ele avalia como benéfico para o dia a dia da empresa.

Andreia Seri e Marcos Farias foram colegas de Cichini em uma outra companhia antes de se tornarem sócios dele, em 2008.

Três anos depois, Toshiyuki Sakata, que também havia trabalhado com o trio anteriormente, se tornou o quarto sócio da companhia.

“Manter um diálogo constante é a melhor maneira de fazer dar certo”, diz.

Pedro Hermano, 26, e Gabriel Santacreu, 27, sócios na Agência 242, dialogam, mas nem sempre pacificamente.

“Às vezes, a gente estoura um com o outro como não faríamos com outras pessoas”, reconhece Hermano, amigo de infância de Santacreu e seu sócio há quatro meses.

Por outro lado, diz, as brigas costumam durar menos do que entre sócios sem um histórico de amizade.

“E quando a gente está em um momento complicado, o suporte que nos damos é mais forte”, afirma Hermano.

 

Fonte: Folha de SP

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